IBGE solicita que empresas respondam às pesquisas econômicas
Fontes de dados fundamentais para o país, as pesquisas econômicas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) precisam ser respondidas pelas empresas que foram selecionadas para fazer parte da amostra das pesquisas. No Piauí, mais de 3,5 mil entidades estão sendo contactadas pelos técnicos do órgão, que dão orientações para o preenchimento dos questionários. Em grande parte dos casos, os contabilistas são encarregados por responder ao IBGE. Os questionários são preenchidos em um programa de computador e as informações são transmitidas ao IBGE via internet.
Além de levantar informações sobre pessoal ocupado, salários, receitas, lucros, áreas de atuação, as pesquisas também servem de base para o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB). Compõem o conjunto de pesquisas econômicas a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), a Pesquisa Anual do Comércio (PAC), a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) e a Pesquisa Industrial Anual (PIA).
A prestação de informações para fins de pesquisas é obrigatória e todos os dados fornecidos são confidenciais e usados exclusivamente para fins estatísticos, conforme prevê a legislação que ampara a atuação do IBGE (Decreto-lei n.º 161, de 13 de fevereiro de 1967; Lei nº 5.534, de 14 de novembro de 1968; Lei nº 5.878, de 11 de maio de 1973).
Dados beneficiam as empresas e toda a sociedade
Para os empresários, os dados das pesquisas econômicas do IBGE possibilitam planejar a entrada em novos mercados, o direcionamento de investimentos e a definição de estratégias de atuação. “Os resultados representam um importante subsídio à análise e ao planejamento econômico, às decisões empresariais e à formulação de políticas públicas setoriais”, ressalta o presidente do IBGE, Eduardo Rios Neto. Além das empresas e governos, os cidadãos também podem utilizar os dados para fiscalizar e cobrar ações que beneficiem a todos.
Por meio dos resultados divulgados pelo IBGE é possível saber, por exemplo, que o comércio piauiense gerou receita bruta de R$ 31,8 bilhões em 2018, conforme revela a Pesquisa Anual do Comércio (PAC). De acordo com a PAC, o valor representa um crescimento de 100% na comparação com 2010, quando a receita bruta foi de R$ 15,9 bilhões.
E, ainda, que enquanto cresceu em 58,6% o número de empresas da construção no Piauí, a quantidade de trabalhadores do setor reduziu 32,5% em dez anos, de acordo com a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC) 2018. A pesquisa também mostra que a indústria da construção piauiense gerou o menor valor entre os estados do Nordeste com as incorporações, obras e/ou serviços: apenas R$ 2,3 bilhões, dos 47 bilhões produzidos pelo setor na região.
Também é possível saber que havia cerca de 7,6 mil empresas atuando no setor de serviços piauiense em 2018, gerando receita bruta de R$ 6,6 bilhões. Os dados são da Pesquisa Anual de Serviços (PAS), que aponta ainda que a maior parte desse montante foi produzido por empresas que prestam serviços profissionais, administrativos e complementares – como vigilância, recrutamento, turismo, serviços paisagísticos, serviços de escritório, entre outros.
Com a Pesquisa Industrial Anual (PIA), pode-se observar que houve recuperação no número de trabalhadores do setor industrial piauiense em 2018, após quatro anos de quedas consecutivas. A pesquisa também expõe o crescimento de 225% no valor bruto da produção industrial do estado em dez anos. O setor gerou R$ 6,3 bilhões em 2018, mais que o dobro dos R$ 2,8 bilhões registrados em 2008.
Além dos dados apresentados, muitos outros podem ser extraídos das pesquisas. Os resultados completos estão disponíveis no banco de tabelas estatísticas do IBGE, que pode ser acessado no link: sidra.ibge.gov.br.