Símbolos

ANEL DO CONTABILISTA

O Anel do Contador e do Técnico em Contabilidade possui as seguintes características:

Pedra de Turmalina Rosa Clara, ladeada de Diamantes

Aro de um lado, o Caduceu de Mercúrio, que é a insígnia do Deus do Comércio (bastão que representa o poder, com duas Serpentes entrelaçadas, simbolizando a sabedoria; e o capacete com duas Asas que representam Atividade e Diligência); do outro, as Tábuas da Lei, com a legenda “LEX”

A título de esclarecimento, uma vez que os símbolos são os mesmos, lembramos que a única distinção para com o Anel do Economista é que neste, a pedra é Água Marinha Azul.

QUAL A COR DO ANEL DO CONTABILISTA?

Existem divergências quanto à cor da pedra do anel do contabilista e há, também, os que desejam estabelecer uma para o Técnico em Contabilidade, a pedra rosa, e outra para o Contador, a pedra azul.

Pela tradição, vivendo a história dos Conselhos desde que nasceram, a origem da pedra anel é de cor rosada, sendo ela um rubislite, segundo o professor Ynel Alves de Camargo.

Essa escolha decorreu da influência do Direito sobre a Contabilidade, que foi muito grande nos séculos passados; sendo a pedra do advogado vermelha, a do Contador deveria ter a mesma coloração, em outra tonalidade, pois, entendia-se a profissão mais atada ao ramo do conhecimento jurídico (até hoje, as legislações fiscal, previdenciária, trabalhista, comercial, civil e administrativa muito ocupam a ação profissional quotidiana e prática dos Contabilistas).

Essa hipótese alimenta-se com a própria tábua da lei, que se inseriu também como símbolo em nosso anel.

Só a partir das idéias da doutrina contábil materialista, é que se entendeu que a Contabilidade e o Direito possuem, de maneira bastante distinta, métodos e finalidade de estudos, justificando, pois, também, simbologias distintas.

O Conselho Federal de Contabilidade – CFC, ao adotar como recomendável o uso da pedra rosada para o anel, prendeu-se às origens, fato compatível com o que é simbólico, pois, em realidade, as cores, as figuras, como associação de fatos, estão todas atadas a uma tradição.

O importante era que se definisse a questão e isso foi feito pelo CFC com respeito à ética e a uma história muito nossa.

CADUCEU

CADUCEU

Bastão entrelaçado com duas serpentes, que na parte superior tem duas pequenas asas ou um elmo alado. Sua origem se explica racional e historicamente pela suposta intervenção de Mercúrio diante de duas serpentes que lutavam, as quais se enroscavam em seu bastão. Os romanos utilizaram o caduceu como símbolo do equilíbrio moral e da boa conduta; o bastão expressa o poder; as duas serpentes, a sabedoria; as asas, a diligência; o elmo é emblemático de pensamentos elevados. O caduceu é na atualidade a insígnia do bispo católico ucraniano. Do ponto de vista dos elementos, o caduceu representa sua integração, correspondendo o bastão à terra, as asas, ao ar; as serpentes à água e ao fogo (movimento ondulante da onda e da chama). A antiguidade do símbolo é muito grande e encontra-se na Índia gravado nas lápides de pedra denominadas “nagakals”, uma espécie de ex-votos que aparecem à entrada dos templos. Erich Zimmer deriva o caduceu da Mesopotâmia, onde o vê no desenho da taça sacrifical do rei Gudea de Lagash (2.600 a.C.). Apesar da longínqua data, o autor mencionado diz que o símbolo é provavelmente anterior, considerando os mesopotâmicos as duas serpentes entrelaçadas como símbolo do Deus que cura as enfermidades, sentido que passou à Grécia e aos emblemas de nossos dias. Do ponto de vista esotérico, a vara do caduceu corresponde ao eixo do mundo e suas serpentes aludem à força Kundalini que, segundo os ensinos tântricos, permanece adormecida e enroscada sobre si mesma na base da coluna vertebral (símbolo da faculdade evolutiva da energia pura). Segundo Schneider, os dois S formados pelas serpentes correspondem à doença e à convalescença. Em realidade, o que define a essência do caduceu é menos a natureza e o sentido de seus elementos que sua composição. A organização por exata simetria bilateral, como a balança de Libra, ou na triunidade da heráldica (escudo entre dois suportes) expressa sempre a mesma ideia de equilíbrio ativo, de forças adversárias que se contrapõem para dar lugar a uma forma estática e superior. No caduceu, este caráter binário equilibrado é duplo: há serpentes e asas, pelo que ratifica esse estado supremo de força e autodomínio (e, consequentemente, de saúde) no plano inferior (serpentes, instintos) e no superior (asas, espírito). A Antiguidade, inclusive a grega, atribuiu poder mágico ao caduceu. Há lendas que se referem à transformação em ouro de tudo o que era tocado pelo caduceu de Mercúrio (observe-se a antecipação que a associação dos nomes determina, com respeito à alquimia) e a seu poder de atrair as almas dos mortos. Mesmo as trevas podiam ser convertidas em luz por virtude desse símbolo da força suprema cedida a seu mensageiro pelo pai dos deuses. Pesquisa efetuada por: Luiz Carlos Vaini Bibliografia: Juan-Eduardo Cirlot – Dicionário de Símbolos (Editora Moraes)

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