Contador sergipano assume a Presidência do CFC
O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) tem um novo presidente: o contador Aécio Prado Dantas Júnior, que foi empossado, no dia 5 de janeiro, em cerimônia realizada na sede da autarquia, localizada em Brasília (DF). Para a nova função, o sergipano traz uma sólida e efetiva experiência em conselhos de classe, tanto em nível regional como nacional.
Inspirado pelo pai, que era empresário contábil, Aécio Dantas formou-se em Ciências Contábeis. O contador ressalta que a escolha ocorreu não apenas por uma questão de sucessão familiar, mas por ter se encantado com a área, pelos desafios que a Contabilidade apresenta e por ser uma profissão que exige atualização constante e conhecimento em múltiplos assuntos.
Eleito novo presidente do CFC, o profissional resume o sentimento do momento com a palavra orgulho, principalmente por ter iniciado as suas atividades classistas em um Conselho Regional de Contabilidade (CRC) de porte menor, o de Sergipe, e agora representa o seu estado na maior entidade da classe contábil brasileira. “Nós viemos de um conselho pequeno, do menor estado do Brasil em extensão territorial e hoje eu tenho uma imensa alegria, um imenso orgulho de estar aqui, após 12 anos que eu comecei na Presidência do Conselho Regional de Contabilidade do Sergipe. Pautei minha atividade classista com muito trabalho, dedicação, responsabilidade, mas, sobretudo, objetivando incessantemente construir bons relacionamentos. Deus me ajudou, sempre colocou pessoas boas no meu caminho e tudo aconteceu naturalmente, sem nenhum tipo de “forçação de barra”, e hoje eu sou uma pessoa extremamente feliz e realizada por poder representar um estado tão pequeno como o meu na maior entidade de classe da nossa profissão”, declarou.
A experiência em órgãos da classe contábil
Após alguns anos atuando no mercado da Contabilidade, Dantas decidiu trabalhar ainda mais em prol de sua profissão. Dessa forma, em 2010, tornou-se presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Sergipe (CRCSE). O contador ocupou o cargo por quatro anos e diz que essa experiência o deixou mais bem preparado para realizar as suas atividades classistas em âmbito nacional. “O CRCSE é um conselho pequeno. Normalmente, um conselho pequeno tem uma característica especial porque é necessário conhecer todos os setores de uma forma muito profunda, de modo que se interaja com a operação de algumas áreas. Tudo isso me deu uma experiência para poder chegar ao Conselho Federal de Contabilidade”, contou.
A bagagem adquirida à frente da Presidência do CRC sergipano contribuiu para que Aécio Dantas conseguisse enxergar, de forma mais estratégica, as necessidades dos Conselhos Regionais. Concluído o trabalho em sua terra natal, o profissional assumiu a Vice-Presidência Operacional do CFC e ressaltou que os conhecimentos absorvidos anteriormente contribuíram para aquela nova etapa. “Essa Vice-Presidência cuida da relação com os Conselhos Regionais e isso foi um facilitador para mim porque eu já tinha uma visão muito interessante do que é a gestão dos CRCs e também de um conselho pequeno, que enfrenta dificuldade de toda natureza, inclusive de pessoal e financeira. Isso pavimentou o caminho para que eu pudesse, durante a minha passagem nessa área operacional, ter um contato mais próximo, ter a percepção do que os Conselhos Regionais realmente necessitam”, afirmou.
O novo presidente do CFC aponta que esse conhecimento e essa sensibilidade foram fundamentais para que ele pudesse chegar ao Conselho Federal e se dedicar a um trabalho voltado para o desenvolvimento e para a estruturação dos Conselhos Regionais. Dantas também foi vice-presidente de Desenvolvimento Profissional na gestão 2020-2021.
Projetos da nova gestão
O novo Conselho Diretor do CFC teve seu mandato iniciado em janeiro de 2022 e concluirá as suas atividades em 31 de dezembro de 2023. Dantas explica que recebeu um bom legado da última gestão e que dará prosseguimento às boas iniciativas implementadas anteriormente. Simultaneamente, a nova equipe buscará empreender onde for necessário. “Nós estamos dando continuidade. Saímos de uma gestão extremamente organizada, foi uma gestão que pensou o Conselho de uma forma ampla e precisamos dar continuidade a tudo o que está acontecendo, o que é efetivamente muito bom para a classe, e proceder às melhorias e aos avanços necessários”, esclareceu.
Para iniciar essa missão, o contador disse que, no próximo mês de fevereiro, o CFC vai realizar um seminário de gestão. Na ocasião, todos os vice-presidentes e conselheiros federais vão se reunir, analisar o Planejamento Estratégico para o Sistema CFC/CRCs e, a partir dessa observação, irão criar um plano de ações que será o norte para a gestão nos próximos dois anos.
Um dos projetos que Dantas aponta que pretende continuar é a aproximação com as instituições de interesse da classe contábil. Nesse sentido, o novo presidente ressalta o sucesso da parceria e do diálogo estabelecido com órgãos como a Receita Federal do Brasil (RFB), o Ministério do Trabalho e Previdência (MTP), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), entre outras entidades.
Necessidade de mudança de mentalidade
Outro tópico que está entre as metas da nova gestão é a alteração da visão do profissional da contabilidade. Dantas enumerou as características do novo perfil que os integrantes da classe precisam ter. “Um profissional moderno, conectado, muito menos executor e muito mais consultor, que é o que nós vemos hoje de demanda no mercado. Então, a tecnologia e a inovação são parceiras do profissional da contabilidade, jamais concorrentes, mas o profissional precisa entender que a mudança do perfil de atuação é urgente e necessária para a sobrevivência no mercado. Nós precisamos fomentar esse conhecimento para que os profissionais abram realmente a cabeça nesse sentido”, alertou.
Seguindo essa mesma linha de raciocínio, o novo presidente do CFC falou sobre o olhar que a classe precisa ter no pós-pandemia. Dantas destacou que a pandemia trouxe muita dor e desafios para o profissional da contabilidade, mas também oportunidades. O contador cita que, “no momento em que o Governo editou uma série de medidas provisórias e de normatizações que as empresas precisavam cumprir, o braço direito do empresário foi sempre o profissional da contabilidade”, recordou.
Dessa forma, a despeito de toda a tristeza trazida pela covid-19, o sergipano diz ser necessário que os contadores vejam o outro lado da moeda. “Isso despertou na sociedade, na classe empresarial, um olhar diferente para a classe contábil. É necessário que nós saibamos aproveitar esse momento pós-pandemia, uma vez que mostramos, naquele instante, que éramos e somos essenciais para o desenvolvimento dos negócios. Esse é o perfil de profissional que o mercado está exigindo hoje. Então, a pandemia trouxe isto: inúmeros desafios, mas também um universo de oportunidades que precisam ser aproveitadas pela classe”, concluiu. Aécio Dantas também ressalta o trabalho do CFC em prol da conscientização da classe para a adesão aos aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês). Segundo o presidente, o senso de coletividade precisa estar presente no dia a dia da classe. “Os valores ambientais, sociais e de governança, chamados de ESG, na sigla em inglês, além de já serem uma realidade cobrada pelo mercado, são essenciais para o bem-estar da sociedade e do planeta. Nesse sentido, vamos incentivar a mudança de mentalidade da classe para a valorização e aplicação desses as aspectos em suas empresas”, disse.
Aécio Dantas também ressalta o trabalho do CFC em favor da conscientização da classe para a adesão aos aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês). Segundo o presidente, o senso de coletividade precisa estar presente no dia a dia da classe. “Os valores ambientais, sociais e de governança, chamados de ESG, na sigla em inglês, além de já serem uma realidade cobrada pelo mercado, são essenciais para o bem-estar da sociedade e do planeta. Nesse sentido, vamos incentivar a mudança de mentalidade da classe para a valorização e aplicação desses aspectos em suas empresas”, concluiu.
Por Lorena Molter
Comunicação CFC/Apex