Atual gestão do Conselho Federal de Contabilidade completa um ano
O contador José Martonio Alves Coelho completa, este mês, um ano à frente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), autarquia federal que representa, no País, cerca de meio milhão de profissionais. Esta é a segunda vez que ele conduz a entidade – a primeira foi há dez anos, no biênio 2004/2005. Na atual gestão, o cearense de Crato tem ajudado a aproximar a classe contábil e as esferas do governo, as instituições de ensino e as entidades públicas e privadas, além de posicionar os profissionais em assuntos relevantes à sociedade.
Entre os destaques da atuação, neste primeiro ano, está a participação, pela primeira vez, dos profissionais de contabilidade no processo eleitoral brasileiro. Em 2014, todos os candidatos, comitês financeiros e partidos políticos foram obrigados, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ter suas prestações assinadas por profissionais contábeis. Cerca de 20 mil profissionais assinaram as prestações de contas em todo o País.
Foram realizados seminários para capacitação e orientação, além do lançamento do livro Partidas Dobradas, que auxiliou os profissionais ao longo do trâmite. Parcerias com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), e com o próprio TSE, permitiram maior participação do CFC na prestação de informações à Justiça Eleitoral e na análise de contas ao longo do ano. A entidade também se aproximou da Receita Federal e da Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis (Fenacon).
Outro marco importante, em 2014, foi alcançar a marca de 500 mil profissionais de contabilidade no Brasil. Para José Martonio, o número reflete a importância da profissão para a sociedade brasileira. Paralelamente ao crescimento desses profissionais, o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) divulgaram que o curso de Ciências Contábeis ficou entre os mais procurados pelos estudantes de graduação em 2014, ocupando a quarta colocação no ranking, com 328.031 futuros profissionais.
Nesse contexto, o então ministro da Educação, Henrique Paim, visitou a sede do CFC durante uma edição do projeto Quintas do Saber, da Academia Brasileira de Ciências Contábeis (Abracicon), criado para discutir temas de relevância com convidados importantes. Além dele, outras figuras políticas do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff também visitaram a casa como convidados do projeto. Na lista, figuram Jorge Harge (Controladoria-Geral da União), Luis Inácio Lucena Adams (Advocacia-Geral da União), Guido Mantega (Fazenda), Afif Domingos (Micro e Pequena Empresa), Gilvan Dantas (subsecretário da presidência da Secretaria do Tesouro Nacional), os ministros Gilmar Mendes (Supremo Tribunal Federal), Henrique Neves (Tribunal Superior Eleitoral) e André Luis De Carvalho (ministro substituto TCU).
Fechando 2014, o CFC realizou a milésima edição da sessão plenária da entidade. Em 68 anos, essas reuniões foram marcadas por importantes decisões na contabilidade brasileira. Entre elas, a que declarou atividade privativa dos contadores a escrituração de livros fiscais e a que definiu os procedimentos a serem observados pelos profissionais e organizações contábeis para o cumprimento da Lei 9.613/1998, conhecida como Lei de Prevenção de Lavagem de Dinheiro. A reunião foi marcada por homenagens a nomes importantes da classe contábil, como o senador João Vicente Claudino (PTB-PI), além de diversos conselheiros que já contribuíram para a gestão do CFC ao longo dos anos.