Contabilidade – 7 oportunidades que a formação oferece no Brasil (e fora dele)

Publicado por Administrador CRC-PI em

Você sabe dizer quais são as possibilidades que a contabilidade no Brasil oferece para a sua carreira? Talvez se surpreenda pela quantidade de oportunidades geradas a partir da formação superior em Ciências Contábeis. Vamos falar sobre elas neste artigo.

7 possibilidades da contabilidade no Brasil

 Você pode ter saído da faculdade com o objetivo de ter seu próprio escritório, mas a atividade não rendeu os desafios que gostaria. Talvez esteja em um momento diferente da carreira, precisando fazer algo novo para injetar motivação no seu dia a dia.

Seja qual for a razão, não é necessário ficar preso no que faz ou, no caso de um recém-formado, fixar-se em apenas uma direção.

 A formação em Ciências Contábeis permite ao profissional explorar oportunidades diversas da contabilidade no Brasil e fora dele. Conheça detalhes sobre as principais carreiras da área.

1. Contabilidade fiscal e societária

Aqui, estamos falando da contabilidade tradicional, aquela exercida pelo contador em seu escritório e na assessoria a empresas, seja como terceirizado ou contratado dela.

As funções do profissional vão desde a constituição e registro de empresas até o cumprimento das obrigações acessórias devidas por elas, passando ainda pelos cálculos de guias de impostos e da folha de pagamento.

Essa é a forma mais ampla de atuação do contador, que com seus conhecimentos e habilidades contribui para melhorias na gestão financeira, fiscal e tributária dos negócios.

Dada a variedade de tarefas, a figura do contador generalista aos poucos vai cedendo espaço para o contador especialista. Nesse formato, ele se dedica a determinadas áreas para oferecer um serviço mais focado na solução de uma determinada demanda.

É o que ocorre em escritórios contábeis que oferecem apenas os serviços de abertura de empresas, por exemplo, de cálculo da folha de pagamento e de encargos trabalhistas, ou de análise e projeção financeira.

Nesse último aspecto, o contador profissional trabalha com instrumentos bastante conhecidos para identificar a realidade da empresa no que diz respeito às finanças, como a análise do fluxo de caixa, e auxilia na implantação de métodos de controle de gastos.

Ferramentas modernas e tecnológicas, como sistemas de gestão online com armazenamento das informações na nuvem, são indispensáveis para uma atuação eficiente e produtiva.

Além disso, a especialização pode ser um caminho interessante para enfrentar um mercado cada vez mais concorrido. Como conhecimento não ocupa espaço, assistir a cursos e participar de treinamentos agrega informações úteis para o seu dia a dia.

2. Contabilidade pública

Na área pública, o foco não está no lucro, mas na gestão. Isso significa que, se as despesas ficarem próximas das receitas devido a investimentos realizados em benefício da sociedade, o ente público terá cumprido o seu papel.

Dessa forma, a prestação de contas à sociedade é um dos objetivos dos relatórios contábeis. Eles também são utilizados para subsidiar decisões e, conforme o caso, podem ser instrumentos para responsabilizar agentes públicos.

Ao contador público, cabe contribuir para a maior eficiência na gestão dos recursos, permitindo identificar o que foi gasto e o que está disponível para novos investimentos, de forma que se consiga reduzir a carga tributária e, junto a isso, oferecer melhores serviços à população.

A carreira na contabilidade pública depende de processo seletivo ou de indicação para cargo em comissão. No primeiro caso, há estabilidade, plano para progressão na carreira e um bom salário.

A contabilidade pública permite que o profissional graduado em Ciências Contábeis atue como contador, auditor, perito ou analista.

Desde a publicação da Lei de Responsabilidade Fiscal, que exige dos administradores a divulgação de relatórios e demonstrativos dos gastos, estados e municípios, suas agências, fundações e autarquias vêm abrindo boas oportunidades de emprego na área.

3. Auditoria contábil

A função de um auditor contábil é analisar os registros contábeis e verificar possíveis falhas de controle ou até mesmo indícios de fraudes ou irregularidades. Ele precisa ter formação em Ciências Contábeis e registro no Conselho Regional de Contabilidade (CRC).

Sua presença costuma ser requisitada em sociedades empresariais, nas quais há incerteza ou desconfiança quanto à precisão da gestão administrativa, patrimonial, fiscal, técnica, financeira, econômica, ética e social.

O trabalho do auditor pode ser solicitado tanto pelo proprietário, quanto por um dos sócios ou ainda por acionistas. A ele é permitido examinar o fluxo de caixa, o balanço patrimonial e a Demonstração de Resultado de Exercício (DRE), entre outros instrumentos, incluindo informações obtidas com fontes externas.

Junto ao relatório final de auditoria, o profissional deve apresentar sugestões quanto a medidas a adotar para ajustes, correções ou melhorias em processos. Essa é a postura dele esperada quando verifica erros, como aqueles envolvendo cálculos ou a interpretação de leis e normas.

Já quando o auditor contábil identifica uma fraude, o que corresponde a um ato intencional, como manipulação, falsificação ou alteração de registros, é necessário sugerir correções. Caso não sejam atendidas, a ele é permitido renunciar ao caso.

Uma possível denúncia às autoridades competentes não é recomendada, por questões de sigilo profissional. Mas isso deve mudar a partir de julho deste ano, quando deve entrar em vigor da versão em português da chamada Noclar, a norma de Obrigatoriedade de Reporte do Não-cumprimento à Leis e Regulações.

Conforme as novas regras, o ato de reportar irregularidade do cliente deixa de ser considerado como quebra de sigilo. No entanto, permanece a indicação de, primeiro, tentar corrigir a irregularidade. A denúncia prioriza casos graves, como corrupção, suborno e lavagem de dinheiro.

4. Perícia contábil

O papel do perito por vezes é confundido com o do auditor. Realmente, as funções têm muitas semelhanças, mas são carreiras distintas.

A principal diferença é que um perito não é contratado pela empresa para buscar indícios de erros ou fraudes na sua contabilidade. Ele é convocado de forma judicial ou extrajudicial para, na sua investigação, encontrar provas que ofereçam subsídios para esclarecer controvérsias ou solucionar litígios.

Assim como no caso do auditor, a função é de competência exclusiva de contador registrado em Conselho Regional de Contabilidade. Sua atuação segue critérios técnicos e científicos, que culminam em um laudo ou parecer. O instrumento final de seu trabalho é utilizado para atestar a verdade sobre atos e fatos.

Para se tornar um perito contábil, além da formação e registro como contador, é importante mostrar-se apto à função e cultivar boas relações, já que não há concurso público, apenas designação para a tarefa.

A perícia contábil judicial prevê a contratação do contador como pessoa física para atuação como auxiliar do juiz. Já na esfera extrajudicial, o contratado é o escritório contábil, como pessoa jurídica, embora o laudo ou parecer final seja elaborado e assinado pelo perito.

A habilitação junto ao Fórum da comarca e o relacionamento com o juiz ou servidores que o auxiliam é uma boa forma de iniciar na atividade, mas a permanência nela depende da qualidade do serviço prestado.

5. Analista

Não estamos falando do nível ocupado pelo contador em determinadas empresas, que classificam colaboradores de acordo com o tempo de mercado (júnior, analista, sênior, pleno, especialista, etc.).

A função em questão está também relacionada à contabilidade pública e exige a aprovação em concurso público. Com a formação em Ciências Contábeis, é possível se candidatar a cargos como Analista de Finanças e Controle ou mesmo Analista Previdenciário.

No primeiro posto, o profissional terá, entre outras tarefas, a supervisão, coordenação, direção e execução de trabalhos especializados sobre gestão orçamentária, financeira e patrimonial, análise contábil, auditoria contábil e assessoramento especializado, além da perícia dos atos e fatos envolvendo a administração pública.

No segundo, acompanhará processos relacionados aos benefícios previdenciários, além de coordenar as atividades relacionadas à gestão orçamentária, financeira, patrimonial, análise contábil, auditoria contábil, despesas de pessoal, cálculos judiciais, política de investimentos financeiros e gestão da tecnologia e sistemas de informação.

Um atrativo da função de analista público está na remuneração. Conforme o órgão onde houver disputa por vagas, o salário para o cargo pode se aproximar dos R$ 20 mil.

6. Consultor

A atividade de consultoria pode ser exercida de forma exclusiva ou complementar a outro ramo da contabilidade em que você já atue. Ela abre a possibilidade, por exemplo, de oferecerpalestras e treinamentos para empresas e organizações públicas.

Diferentemente da função clássica do contador, o consultor mostra o caminho ao cliente, mas não executa as tarefas. Pode, por exemplo, apontar soluções para problemas pontuais, explicar quais são as melhores práticas de gestão financeira, fiscal e tributária, demonstrando qual o papel do empreendedor para o cumprimento das suas obrigações acessórias.

Também há a possibilidade de ser mais específico em sua abordagem. Um exemplo é o contador consultor que se especializa em serviços de consultoria financeira para formação de preços, para o diagnóstico empresarial ou para o planejamento estratégico do negócio.

Como em outros ramos da contabilidade, estudo, conhecimento e atualização profissional são etapas imprescindíveis para uma carreira de sucesso.

7. Professor de Ciências Contábeis

Agora estamos falando de algo totalmente diferente, mas que pode ser a solução para a carreira de um profissional com perfil mais acadêmico do que operacional.

O desafio é sair da prática para a teoria, transmitir seus conhecimentos para outras pessoas, considerando um grupo heterogêneo e com percepções e dificuldades diferentes.

Como professor, você deixará de ser contador, não fará mais análise de fluxo de caixa, balanço patrimonial, cálculo de impostos e outras atribuições comuns à atividade, mas terá que explicar como realizar tais tarefas.

A pós-graduação é requisito mínimo, o Mestrado pode ser exigido e o Doutorado é desejável. Ou seja, para ser um docente em um curso superior de CIências Contábeis, o caminho pode ser longo, mas recompensador.

E tem mercado? Experimente fazer uma busca rápida em sites de vagas de emprego. Você verá que novas oportunidades surgem semanalmente, em diferentes instituições de ensino pelo Brasil, algumas operando no sistema EaD (educação à distância), no qual o professor presencial é substituído pelo tutor online.

E que tal experimentar a contabilidade internacional?

Se você tem o sonho de fazer carreira internacional na contabilidade, é válido ficar de olho nas oportunidades. Cada país tem suas próprias regras, tanto para entrar quanto para trabalhar nele.

O mais indicado é dar um tiro certeiro, participando de algum processo seletivo para que seu ingresso seja totalmente legalizado, sem dores de cabeça posteriores.

A melhor dica é escolher o país no qual deseja trabalhar e ver quais requisitos necessita preencher. No caso dos Estados Unidos, por exemplo, contadores de outros países podem prestar exame que habilita à certificação como Contador Público naquele país.

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) no Brasil já divulgou um guia em PDF com todas as informações para quem deseja seguir essa carreira. Se ela interessa a você, leia o material com atenção, pois valores do exame e requisitos ao posto mudam nas 55 jurisdições norte-americanas, o que inclui os 50 estados, mais o Distrito de Columbia, Porto Rico, Ilhas Virgens Americanas, Guam e a Comunidade das Ilhas Marianas do Norte.

Faça sua carreira decolar

Apresentamos neste artigo algumas das principais oportunidades da contabilidade no Brasil e no mundo para o profissional oriundo da graduação em Ciências Contábeis. Como é possível perceber, não faltam opções para construir uma carreira de muito sucesso.

Seja contador, perito, auditor, analista ou professor, não importa qual for o caminho escolhido, a dica final é que busque se especializar, tendo como meta ser o melhor profissional possível naquilo que faz.

Com a crescente competitividade neste mercado, só mesmo quem se diferencia de alguma forma consegue prosperar. E se essa diferenciação aparecer na qualidade do serviço prestado, aumentam as chances de reconhecimento, da conquista de mais clientes e, por consequência, da obtenção de maiores ganhos na atividade.

Via ContaAzul – Parceiro Jornal Contábil

Categorias: Notícias

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